Juro que passei uns dez minutos parada olhando para a capa do livro pensando em como começar essa resenha e essa foi a melhor maneira que encontrei. Acho que ela representa bem a confusão que esse livro criou na minha cabeça. Sou apaixonada por música e por história, então um livro que conta a história da música deveria me agradar muito. Estou no meio a meio com o Leo. Não fiquei louca por ele, mas não deixo de ler a continuação dessa série nem que me paguem. Leo é um garoto de 14 anos que mora no Rio de Janeiro com a sua avó no ano de 1989. Como todo adolescente ele está meio revoltado com a vida e com seu pai, que mudou para Praga por causa do seu trabalho na embaixada. Não faz muito sentido essa revolta toda de Leo com o pai – apesar dele parecer bem chato mesmo – pois ele vive com a sua avó que é uma figura praticamente inexistente na minha cabeça. Helena é uma senhorinha que mora em uma casa boa, que dá uma boa vida ao Leo, que faz tudo que ele quer e que ainda por cima curti rock ‘n roll. Aonde existe uma avó assim que eu quero?! Haha Apesar da rebeldia claramente mostrada nos primeiros capítulos do livro, Leo é um garoto fofo. Toda narração da sua revolta, que não me prendeu muito, no começo do livro dão lugar a narrativa de uma pessoa com quem acabei me identificando um pouco. Leo ama música e usa dela para se expressar. Ele e seu melhor amigo Felipe não sabem falar em outra coisa a não ser música até uma garota aparecer na história. Natural que os dois, então, resolvam usar a música para chegar até a garota. Leo ganha muitas caixas, invejáveis, de discos que contém anotações e histórias de seus donos, sua avó e seu pai. Essa caixa leva Leo a um tempo que ele – e nem nós leitores- conhecemos, mas ele decide dividir isso com os amigos, chamando a tal garota e outros colegas para um encontro na sua casa. É ai que a coisa fica boa. Durante o livro, Leo e os outros personagens começam a apresentar os mais diferentes artistas. Eles contam histórias e situações do mundo da música que são muito legais e que qualquer fã de rock gostaria de saber. Além disso, durante todo o livro Leo conecta as suas emoções com algumas músicas que estão todas disponíveis em um site que o autor criou, então se você não conhece muito bem o The Who, por exemplo, pode entrar no site e escutar a música citada e depois continuar lendo o livro e aprender um pouco sobre a banda. Uma coisa é clara e acho que esse foi o motivo da minha confusão mental sobre o Leo, um garoto de 14 anos entende muito sobre música, e fala coisas que dificilmente um garoto dessa idade entenderia e nesse momento você tem a opção de abstrair esse fato e entrar no mundo da história do rock ou então ficar martelando na sua cabeça ‘um garoto de 14 anos não entende disso! Tá mais que óbvio que o autor entende muito de música.’. Eu acabei resolvendo entrar no mundo do rock e abstrair o fato de que o livro foi escrito por um maestro, ficou muito mais interessante e deixou o enredo até mais curioso. O livro é super fininho, os capítulos são pequenos, alguns com 3 páginas e outros com meia página, é super fácil ler, bem leve e até engraçado. Se você está esperando por uma grande história de um adolescente complexo, nesse primeiro volume não encontrará, mas se você quer passar seu tempo aprendendo um pouco sobre música de uma forma gostosa, vale a pena comprar o livro. A história de Woodstock me deixou vidrada! A série tem quatro volumes e, até onde minha pesquisa chegou, os outros volumes não tem nem títulos ou previsão de lançamento. Acelera isso aí, Ricardo Prado! |
muito legal
Design por Gabriela Orlandin | Imagem do topo: VladStudio | Livros em Série © Todos os direitos reservados - 2012
Desde: 30/07/2009 | Acessos: ? | Online: |
Área Restrita | Host: Blabous
“Acelera isso aí, Ricardo Prado!” +1