ATENÇÃO! Esse livro não é o primeiro da série e a resenha pode conter spoilers! Confira nossas resenhas anteriores dessa série, clicando na capa desejada: “Às vezes, a estrada mais curta não é a mais segura, Jon Snow.” Finalmente retomando as resenhas da épica série de As crônicas de gelo e fogo! Fui uma leitora tardia, comecei a ler a série somente em 2014, depois de ficar com os livros parados na minha estante por alguns anos. Por insistência de vários amigos e conhecidos resolvi me aventurar no universo de Westeros, coisa que todo leitor deveria fazer! Um fato conhecido sobre as obras de Martin é que elas são mais complexas do que estamos acostumados. Há um enorme número de personagens – e uma quantidade considerável de mortes também, principalmente nesse volume! -, localidades, guerras e reviravoltas. Como se isso tudo não fosse o suficiente para essas quase 900 páginas, Martin faz uma grande mistureba na cronologia desse livro. Esse terceiro volume não se passa imediatamente após os capítulos finais de A fúria dos reis, ele na verdade sobrepõe esses últimos acontecimentos. Afinal, precisamos nos lembrar que são muitas personagens e nem todas estão no mesmo lugar. A tormenta de espadas é o livro com mais ação até agora. Nele acompanhamos diversas batalhas. Tyrion, uma das personagens favoritas dos leitores, está se recuperando após seu plano mirabolante para salvar Porto Real. O jovem lobo, Robb Stark, se destaca por sua astúcia e sorte na batalha. Porém, um deslize infantil e bobo pode acabar com a rápida ascensão do herdeiro Stark. Não consigo evitar pensar que há uma grande maldição atrelada à minha casa favorita da saga, os Stark. Eles parecem sempre sofrer os maiores infortúnios na série e na maioria das vezes por inocência ou honra. Ou seja, o mundo de Martin é cruel com as pessoas boas e honradas. Outro queridinho da saga, Jon Snow, o bastardo de Ned Stark, está em terras selvagens além da muralha, desempenhando o papel que foi obrigado/destinado a cumprir. Sua personagem continua em uma crescente, cada vez mais podemos notar o crescimento dele nos enredos; ele parece ser uma personagem destinada a grandes feitos. Outra personagem em ascensão é Daenerys, que está cuidando de seus dragões e aprendendo a agir como uma verdadeira governante. Ela tenta incessantemente acabar com a escravidão nas cidades da Baía dos escravos, o que mostra seu grande coração, que será barrado pela crueldade e ganância dos homens. George escreve com maestria e é capaz de despertar os mais variados sentimentos em seus leitores. Entretanto, não subestime-o achando que serão sentimentos superficiais, Martin tem o dom de nos atingir no âmago, deixando-nos devastados e desolados com os acontecimentos. Depois de centenas de páginas de reviravoltas cruéis e revoltantes, é hora de recuperar o fôlego para ler – ou reler – os próximos volumes da série, enquanto Winds of Winter não chega. “A verdade está a sua volta, basta olhar para ela. A noite é escura e cheio de terrores, o dia, luminoso, belo e cheio de esperança.” |
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