Para quem nos acompanhar no Instagram, viu que durante o final de semana passadado rolou o Bookcon em Nova Iorque e nossa equipe esteve mais uma vez presente para a cobertura de um dos maiores eventos literários do mundo. Nos destaques de nossa página no Instagram (@LivrosEmSerie) vocês ainda conseguem visualizar nossos stories durante o evento que trouxe muita coisa legal, incluindo o trailer de um dos filmes mais aguardados do ano por fãs da literatura Jovem Adulta: O Ódio que você semeia. Durante essa semana faremos posts aqui e em nossas redes sociais falando um pouco sobre alguns painéis que tivemos a oportunidade de assistir.
Antes dos autores subirem ao palco, Bardugo teve um momento de interação com alguns fãs na primeira fileira. “Eu amei sua fantasia”, ela disse para três meninas que foram vestidas como personagens da sua série Grisha. Após esse momento, os autores subiram ao palco e surpresa, surpresa: O assunto de construção de mundos foi logo para o assunto: comida. Tahir também declarou usar comida como inspiração. Brincadeiras à parte, todos autores concordaram que a linguagem também foi uma parte enorme para a construção de seus mundos de fantasia. David Peterson, criador da linguagem Dothraki para a adaptação de Game of Thrones, ajudou Bardugo com a linguagem de seus livros, Ravken. A dica de Scott Westerfeld? Ainda melhor: “O palavreado em Feios é só australiano,” ele disse. “Bem mais preguiçoso que aprender uma segunda língua é casar com uma australiana.” Um dos pontos mais interessantes na discussão foi quando a experiência de ser um imigrante ou filha de um imigrante entrou em jogo e eles comentaram que isso também ajudou na construção de seus mundos. E o discurso mais aplaudido daquela tarde foi provavelmente o de Bardugo: “Eu vou jogar um pouco de contradição aqui,” ela avisou. “Mas uma das coisas que tem sido um pouco de chato para mim é ver a hashtag #OwnVoices, que começou como algo superpositivo, mas que acabou indo contra alguns autores menores como se fosse um teste de pureza. ‘Você não é asiático o suficiente para escrever isso, você não é nativo o suficiente para escrever aquilo.’ As pessoas que falam isso ignoram completamente a experiência diáspora. Como uma judia, muitas pessoas vieram atras de mim por conta da minha construção de mundo e linguagem usada. Além, disso, Marie Lu comentou que muita coisa de seu último livro -Warcross – foi baseado em tecnologia que as pessoas pensam que não existem, mas que na Ásia já são bem conhecidas. E especialmente para esse livro, como ela teve muita pesquisa, ela precisou fazer o inverso do que geralmente faz ao escrever: primeiro se focou na construção do mundo e depois em desenvolver seus personagens. Scott Westersfeld também apontou algo muito interessante após a discussão de dar mais foco a construção do mundo ou aos personagens: Escritores precisam pensar em seus mundos como um personagem também, porque isso ajudo a ter algo que os personagens do livro precisam lutar contra. Isso faz com que a história se torne muito mais poderosa. Leigh Bardugo inclusive da como exemplo o livro O Sol também é uma estrela, de Nicole Yoon, onde Nova Iorque é como se fosse um personagem porque é tão bem descrita, e é isso que precisamos ter em livros: não importa se é um mundo irreal de fantasia ou uma cidade conhecida no mundo inteiro, o escritor precisa descrevê-la imaginando que ninguém a conhece – porque muitas pessoas realmente não. Por último, os escritores concordaram que eles têm muita fé nos leitores e que querem que eles tenham a própria imaginação para certas coisas, e que essa é a beleza e diferença entre um livro e um filme. |
Design por Gabriela Orlandin | Imagem do topo: VladStudio | Livros em Série © Todos os direitos reservados - 2012
Desde: 30/07/2009 | Acessos: ? | Online: |
Área Restrita | Host: Blabous
Deixe um comentário
Os campos marcados com * são obrigatórios.